Os oceanos do mundo podem ser vastos e profundos, mas um censo de dez anos da vida animal marinha descobriu uma biologia tão interconectada que parece fazer encolher o mundo aquático. Dez anos atrás, a pergunta de quantas espécies haveria no oceano não podia ser respondida. Era também levada as discussões acaloradas entre cientistas. O que os cientistas descobriram foi mais que um número. Foi um censo de como a vida se conecta de um lugar para outro e de uma espécie para outra.
Nova espécie de copépode, Ceratonotus Steiningeri, com 0,5mm de comprimento. (Crédito: Jan Michels) |
Entre as descobertas, uma minúscula criatura, semelhante a um camarão, chamada Ceratonotus steiningeri. Ela tem espinhos e garras e pareceria ameaçadora, se não tivesse apenas seis centésimos de centímetro de comprimento. Cinco anos atrás, esse animal nunca tinha sido visto. Ninguém sabia de sua existência. Este novo copépode, foi descoberto a 5.400 metros de profundidade na Bacia de Angola em 2006. Dentro de um ano, também foi coletado no Atlântico Sudeste, bem como a cerca de 13.000 quilômetros, no centro do Oceano Pacífico. Os cientistas estão intrigados sobre como este animal minúsculo alcançou ampla distribuição, e como eles evitaram a detecção por tanto tempo.
O censo encontrou outra conexão, mais básica, na genética da vida. Como humanos e chimpanzés partilham 95% de seu DNA, as espécies dos oceanos também têm muito DNA em comum. Entre os peixes em geral, a diferença parece ser de entre 2% e 15%, disse Dirk Stenke, da Universidade de Gelph, no Canadá. “Embora essas espécies de peixe sejam realmente antigas, não há muito o que as separe”, declarou ele.
fonte: http://bit.ly/pMsWfC